Massimo Dutti <br>teve que recuar

Uma trabalhadora de uma das lojas Massimo Dutti, pertencente ao Grupo Inditex, conseguiu manter o seu posto de trabalho, que a empresa pretendeu extinguir, após um período de licença de maternidade.

A informação foi dada pelo Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal, na semana passada, num comunicado em que avisa que a direcção da Massimo Dutti deve «arrepiar caminho» e emendar o seu comportamento para com o pessoal, ou «as coisas que cheiram mal vão sair mais depressa de debaixo do tapete do que a empresa pensa». É que «os trabalhadores não aceitam este tipo de condições de trabalho e estão a sindicalizar-se, elegendo delegados sindicais».

Este caso foi recentemente resolvido «só em plena audiência de tribunal, após o próprio juiz informar os representantes da empresa de que o processo não tinha pernas para andar». Antes, a Massimo Dutti tinha já recebido dois «cartões vermelhos». Em resposta a queixas do CESP/CGTP-IN, a ACT e a CITE (Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego) tinham condenado a intenção de extinção do posto de trabalho, mas a empresa resolveu, mesmo assim, avançar para tribunal.

Tinha começado, quando a trabalhadora regressou da licença de maternidade, por propor um «acordo» para revogação do contrato de trabalho, sob ameaça de despedimento por extinção do posto de trabalho. A trabalhadora lactante, com funções de encarregada de loja, não cedeu e continuou a apresentar-se ao serviço.




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